sábado, 26 de janeiro de 2013

Ela «foi» Gabriela..

E pronto, após quase cinco meses em exibição, terminou hoje a Gabriela! Quem não vai ter saudades das pérolas desta novela? Vejamos algumas das melhores!

- Se prepare, que eu hoje vou-lhe usar! (Coronel Jesuíno para a esposa, Sinházinha. Era um aviso de que, após o jantar, iriam ter sexo forçado).
- Não me fale em meus cornos! (Coronel Jesuíno para várias personagens ao longo da novela. Quando ele se aproximava de alguém, a maioria das pessoas de Ilhéus fazia de propósito e falava sempre nos cornos dele, pois o Coronel tinha morto a esposa e o dentista quando os apanhou na traição).
- Jesú, Maria, José! (Maria Doroteia, a maior fofoqueira da freguesia, dizia sempre isto quando assistia a um escândalo em Ilhéus).
- Você é Quenga! (Quando se descobriu que Maria Doroteia, a maior beata da zona, tinha sido prostituta, este foi sempre o argumento de Coronel Jesuíno contra ela nas inúmeras discussões que tinham em frente à Igreja).
- Dá licença, eu vou cagar! (Uma expressão muito cómica pronunciada por Coronel Jesuíno aos pais da futura noiva).

Vamos todos ter muitas saudades da morenita que deu a volta à cabeça do Nacib! A novela pode ser classificada como pornografia por toda a gente mas, fez-nos rir e deixou-nos grandes lições de moral! Por isso, ela foi e sempre será Gabrielaaaaa!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

One year ago (...)

Há exactamente um ano eu escrevia este texto que podem ler abaixo. Passaram-se doze meses, 365 dias e a maioria das coisas que eu dava como certas... desapareceram. Isto tudo apenas para vos dizer que aproveitem este momento para preservarem aquilo que mais amam ou que mais vos faz felizes porque, tal como eu, um dia tudo pode ir embora. Foi só um ano, e tudo mudou!


«Amar não é pecado». Tinha chegado a esta conclusão há cerca de cinco minutos. Senti-me estranho, porque percebi que não me arrependo de nada do que fiz até agora. Mas também percebi bem que isto não é pecado, mas é sofrimento.
Não sei muito bem se as duas coisas estão relacionadas, mas que são verdade, aí nem duvido. Talvez seja o fim, era de louvar. Mas ao mesmo tempo, o fim significa uma guerra totalmente perdida. Será mesmo assim? uma guerra?
Não sei a resposta, e nem quero sabê-la, porque sei que isso só vai incentivar a pensar em coisas que não me apetece pensar, pelo simples motivo de que não quero entrar em crise de tristeza.
Hoje era para ser um dia de alegria ou, pelo menos, de alguma satisfação por ser o fim de mais um ano e o início de outro: 2012, o ano do fim e... da esperança!
Não sinto nada disto, mas isso não significa que esteja triste e que não comemore a data. Aliás, se eu não comemorar ela acontece na mesma, e daí? Porquê a existência de uma festa tão estúpida? Comemorar a chegada do ano em que todos ainda vão ter que apertar mais o cinto e sentir que as suas carteiras vão deixar de ser magras para se tornarem raquíticas?
Posso estar a ser pessimista ou até um pouco desmancha-prazeres. Chamem-lhe o que quiserem, que eu chamo-lhe opinião, e podem não concordar com ela, mas respeitá-la era um pouco de educação não acham? Ok, fim de ironias.
Reparei agora que comecei este texto com um tema universal: o amor, e já estou a falar em economia e (porque não?) política.
Nada a haver? Já vai perceber. Cada um rege a sua própria política, e só assim poderá viver. Ninguém aqui manda em ninguém, simplesmente as pessoas ordenam-se umas às outras.
Crise de valores? Não, chamemos-lhe de perda de sentimentos, porque a palavra «valores» já me faz pensar em dinheiro e, por favor, no dia 31 de Dezembro pensar nisso é que não. Afinal vem aí 2012, o ano das profecias!
Fim do Mundo? Bomba na Economia? Não acredito muito em nenhum deles. Afinal sem dinheiro morremos, mas sem vida nem é necessário o uso de dinheiro. Trocadilho? Descansem, lições de ortografia hoje estão de férias (e num tempo de instabilidade como este, o melhor era dizer que até a ortografia fez greve).
Afinal a vida nem sempre se rege pelo dinheiro, ou não é verdade? Afinal a paz e o amor não devem ser o motor das nossas existências? Ah, esqueci-me! O Mundo já não sabe o que isso é! E perdoem-me, mas ensinar gente ignorante hoje também não.
Relembro os acontecimentos deste ano de 2011. Bem, uns dolorosos, outros mais simpáticos e até uns insignificantes.
Aconteceram e passaram. Alteraram-me a vida? Até certo ponto, sim. Mas permaneço no mesmo ponto: não morri, não saí da mesma casa, continuo na mesma escola (provisoriamente...) e até tenho à minha volta as mesmas pessoas de sempre.
Mas agora a escrever isto reparei que algumas pessoas desapareceram. Umas fisicamente, outras emocionalmente.
Emocionalmente? Devem estar alguns a perguntar. E daí? Isso é da sua vida? Mania deste nosso Mundo em saber da vida dos outros...
Mas como estamos na época do «Bom Ano, paz e amor», vou fazer jus à frase e explicar.
É simples: houve pessoas que morreram e deixaram de estar aqui ao meu lado, assim como outras que me traíram ou simplesmente usaram-me.
Lembrei-me agora que faltam exatamente dois dias para voltar à escola, e sim, para mim a escola não é um má lugar, ou para o qual eu não tenho paciência. Talvez o que haja de mal não é a escola, mas sim as pessoas que a frequentam.
Onde é que já se viu animais a frequentarem a escola? Bem, onde eu vivo isso nem me provoca muito espanto, porque já é muito normal.
Bem, isto tudo para quê? Para mostrar às pessoas um pouco do que é e será este recém-nascido 2012, a nível da família, amigos ou escola.
E como já reparei que vou ter que acabar de escrever quanto tiver setecentas palavras (sou muito susperticioso), termino por aqui para desejar a todos um Feliz Ano, cheio de muitas coisas, mas especialmente de um dicionário. Sim, dicionário! Para você procurar o significado de saúde, paz e amor. E quer fazer um favor? Sim? Muito bem, faça o favor de ser feliz!

Pedro Ponte
31 de Dezembro de 2011 <3