Há exactamente um ano eu escrevia este texto que podem ler abaixo. Passaram-se doze meses, 365 dias e a maioria das coisas que eu dava como certas... desapareceram. Isto tudo apenas para vos dizer que aproveitem este momento para preservarem aquilo que mais amam ou que mais vos faz felizes porque, tal como eu, um dia tudo pode ir embora. Foi só um ano, e tudo mudou!
«Amar
não é pecado». Tinha chegado a esta conclusão há cerca de cinco minutos.
Senti-me estranho, porque percebi que não me arrependo de nada do que fiz até
agora. Mas também percebi bem que isto não é pecado, mas é sofrimento.
Não
sei muito bem se as duas coisas estão relacionadas, mas que são verdade, aí nem
duvido. Talvez seja o fim, era de louvar. Mas ao mesmo tempo, o fim significa
uma guerra totalmente perdida. Será mesmo assim? uma guerra?
Não
sei a resposta, e nem quero sabê-la, porque sei que isso só vai incentivar a
pensar em coisas que não me apetece pensar, pelo simples motivo de que não
quero entrar em crise de tristeza.
Hoje
era para ser um dia de alegria ou, pelo menos, de alguma satisfação por ser o
fim de mais um ano e o início de outro: 2012, o ano do fim e... da esperança!
Não
sinto nada disto, mas isso não significa que esteja triste e que não comemore a
data. Aliás, se eu não comemorar ela acontece na mesma, e daí? Porquê a
existência de uma festa tão estúpida? Comemorar a chegada do ano em que todos
ainda vão ter que apertar mais o cinto e sentir que as suas carteiras vão
deixar de ser magras para se tornarem raquíticas?
Posso
estar a ser pessimista ou até um pouco desmancha-prazeres. Chamem-lhe o que
quiserem, que eu chamo-lhe opinião, e podem não concordar com ela, mas
respeitá-la era um pouco de educação não acham? Ok, fim de ironias.
Reparei
agora que comecei este texto com um tema universal: o amor, e já estou a falar
em economia e (porque não?) política.
Nada
a haver? Já vai perceber. Cada um rege a sua própria política, e só assim
poderá viver. Ninguém aqui manda em ninguém, simplesmente as pessoas ordenam-se
umas às outras.
Crise
de valores? Não, chamemos-lhe de perda de sentimentos, porque a palavra
«valores» já me faz pensar em dinheiro e, por favor, no dia 31 de Dezembro
pensar nisso é que não. Afinal vem aí 2012, o ano das profecias!
Fim
do Mundo? Bomba na Economia? Não acredito muito em nenhum deles. Afinal sem
dinheiro morremos, mas sem vida nem é necessário o uso de dinheiro. Trocadilho?
Descansem, lições de ortografia hoje estão de férias (e num tempo de
instabilidade como este, o melhor era dizer que até a ortografia fez greve).
Afinal
a vida nem sempre se rege pelo dinheiro, ou não é verdade? Afinal a paz e o
amor não devem ser o motor das nossas existências? Ah, esqueci-me! O Mundo já
não sabe o que isso é! E perdoem-me, mas ensinar gente ignorante hoje também
não.
Relembro
os acontecimentos deste ano de 2011. Bem, uns dolorosos, outros mais simpáticos
e até uns insignificantes.
Aconteceram
e passaram. Alteraram-me a vida? Até certo ponto, sim. Mas permaneço no mesmo
ponto: não morri, não saí da mesma casa, continuo na mesma escola
(provisoriamente...) e até tenho à minha volta as mesmas pessoas de sempre.
Mas
agora a escrever isto reparei que algumas pessoas desapareceram. Umas
fisicamente, outras emocionalmente.
Emocionalmente?
Devem estar alguns a perguntar. E daí? Isso é da sua vida? Mania deste nosso
Mundo em saber da vida dos outros...
Mas
como estamos na época do «Bom Ano, paz e amor», vou fazer jus à frase e
explicar.
É
simples: houve pessoas que morreram e deixaram de estar aqui ao meu lado, assim
como outras que me traíram ou simplesmente usaram-me.
Lembrei-me
agora que faltam exatamente dois dias para voltar à escola, e sim, para mim a
escola não é um má lugar, ou para o qual eu não tenho paciência. Talvez o que
haja de mal não é a escola, mas sim as pessoas que a frequentam.
Onde
é que já se viu animais a frequentarem a escola? Bem, onde eu vivo isso nem me
provoca muito espanto, porque já é muito normal.
Bem,
isto tudo para quê? Para mostrar às pessoas um pouco do que é e será este
recém-nascido 2012, a nível da família, amigos ou escola.
E
como já reparei que vou ter que acabar de escrever quanto tiver setecentas
palavras (sou muito susperticioso), termino por aqui para desejar a todos um
Feliz Ano, cheio de muitas coisas, mas especialmente de um dicionário. Sim,
dicionário! Para você procurar o significado de saúde, paz e amor. E quer fazer
um favor? Sim? Muito bem, faça o favor de ser feliz!
Pedro
Ponte
31
de Dezembro de 2011 <3
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